Estamos mais uma vez no ano dos sorrisos e tapinhas nas costas

Lira Netto – Foto do arquivo

O que mudará no comportamento do eleitor em 2024?

É cultural em nosso país, que em todo ano eleitoral as gentilezas e solidariedade se multipliquem no meio social e nos diversos segmentos estratificados da sociedade brasileira.

Talvez nunca tenhamos passado por fatos políticos tão extraordinários, para não dizer “extravagantes” e “exóticos” como ocorreu nas eleições presidencial de 2022.

Assim há de se convir, que o Brasil não será, mas o mesmo politicamente, depois das façanhas que assistimos, participamos, engolimos e fomos obrigados a aceitar em 2022.

Talvez as eleições de 2022 tenha sido um vestibular para testar nossa nação para se saber, em até onde estejamos imersos no analfabetismo político. Medindo também nosso grau de maturidade política.

Para um país que está sobre a égide do Estado Democrático de Direito, ao brasileiro de cultura mediana, parece ser ainda muito difícil para ele compreender a dimensão da segurança ou insegurança jurídica na nossa atual conjuntura.

Basta lembrar, que antes das eleições para presidente de 2022 havia muitos fatos que juridicamente estavam tão legal para o país. Dinheiro desviado dos cofres públicos aos milhões e bilhões foram buscados de volta e nos parecia que estávamos em uma subida desenfreada era o Brasil alcançando uma nova realidade.

Mas como somos também conhecedores daquele adágio popular, de o que é bom, parece durar pouco nesse país. Logo os interesses extra patrióticos se vestiu de salvador da pátria e foi decretado a caça às bruxas.

E vimos que, o que antes era legal passou a ser ilegal, o que era aparentemente correto juridicamente se tornar juridicamente incorreto. Assistimos ainda a prisão de autoridades, das mais expressivas desse país. De forma, que o cidadão mediano entrou em pane se tornando refém da mídia marrom, a ponto de com muita facilidade serem passives de seguir qualquer falso profeta.

A devassa foi tão ofensiva ao país, que ao nos aproximarmos de mais um ano eleitoral, o brasileiro ainda amarga a decepção de ter sido usado, abusado e enganado, pelas correntes políticas que disputaram o Poder maior dessa República.

A impressão que temos é a de que, o clima amargo, que a cultura do ódio que se tentou implantar e a cilada das invalidações das verdades em mentiras e das mentiras em verdades aplicadas a esse país, entre 2020 e 2022 ainda vão fazer surgir muitas ervas daninhas ao sistema político brasileiro.

Resta saber, se ao entrarmos no próximo ano eleitoral, a cultura dos sorrisos medíocres e tapinhas nas costas vão continuar fazendo seus efeitos. Se o escambo ainda vai render votos. E se a tentativa de golpe do falso profeta, ou o perdão ao mau feitor, trouxe alguma mudança ao eleitor de cultura política mediana.

Já que, o juiz tempo está demonstrando, que entre eles, não há nem um justo se quer.

Por Lira Netto

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